Foto:Claudio Reis
Afinal é na tarde de hoje que realmente vamos saber quem estava “escondendo” rendimento e quem “realmente” está “nas trevas”, um jogo mais que comum entre equipes e pilotos de altíssimo rendimento, pois como a tomada de tempos classificatórios define o grid para as duas primeiras baterias do certame – classificatórias -, que serão disputadas nessa sexta-feira, todos estarão apresentando seu potencial máximo na pista.
Um fato é positivo e merece ser destacado: A organização do certame recuperou-se – e bem – do desagradável tropeço ocorrido em Goiânia e não se ouvem graves reclamações pelos boxes.
Mas nem tudo são flores, pois alguns pontos ainda devem ser analisados com cuidado, como o fato da divulgação de Adendo “limitando” cada piloto ao máximo de dois treinos por dia. Como vários pilotos estão inscritos nas categorias Senior A e Super Senior e cada classe tem duas praticas por dia, o prejuízo desportivo determinado por esse Adendo “canhoto” é patente, injusto e juridicamente inadmissível, já que tendo de deixar de fazer dois treinos, forma dois momentos à menos para se “passar” equipamentos, desenvolver ajustes e definir estratégias.
Resta claro que houve “boa intenção” da organização no momento da criação dessa ordem ditatorial. Mas de “boa e intenção” e de água benta o inferno está cheio e, novamente, “derraparam” pelo planejamento raso. Afinal a “imaginação” dos organizadores correu alto e preocupados em obstar a ação de eventuais “malandros” que se inscrevem nas duas categorias, fazem os treinos “dobrados”, mas correm em apenas uma delas, esqueceram que estavam prejudicando que realmente corre nas duas categorias.
Erroneamente a regra foi criada pela exceção e para se obstar os “culpados”, os justos acabaram pagando o pato...
Pelos boxes correu um comunicado, distribuído de mão em mão por belíssimas modelos uniformizadas com as logomarcas da TonyKart. Dirigido aos pilotos, o texto informava que os chassis da marca italiana, homologados CIK/FIA e trazidos por um importador local via Argentina, não estavam sendo aceitos para inscrição e utilização no Campeonato Brasileiro de Kart, pois a CNK não havia também homologado tais equipamentos.
Com absoluta razão, o texto divulgado insurgia-se contra esse estado de coisas, pois sendo a CNK um órgão interno da CBA, que por força legal e de regulamentos tem de observar as normas da FIA- Federação Internacional de Automobilismo e, para o kart, de seu departamento CIK- Comissão Internacional de Kart. Ora, tendo os chassis TonyKart homologação internacional CIK/FIA é, naturalmente, obrigatório que a CNK (que não possui homologações próprias, já que os chassis nacionais tem de ser homologados CIK/FIA) permita sua utilização nas pistas e certames nacionais, sem qualquer restrição.
Isso é lógico, axiológico, mas a CNK “promete analisar” a situação...
Mas se são apenas esses os problemas encontrados, fica claro que a CNK está começando a acertar a mão na confecção da receita do bolo. Sua primeira fornada “solo” será em 2010, já que a edição de 2009 já havia sido, ao menos em parte, previamente formatada pela administração Pedro Sereno à frente da Comissão Nacional de Kart.
Segundo informa a Assessoria de Imprensa oficial da CBA, estão inscritos nesta segunda fase do Campeonato Brasileiro de Kart cento e trinta e três pilotos, todavia na pista “contamos” apenas cento e dezenove treinando, mais o paulista Pedro Serrano da Super Senior, que chegou apenas hoje com a equipe VKR para participar do Brasileiro.
Nesse numero ainda não estão computados os pilotos da categoria Parakart, já que a carreta da Dolly Refrigerantes, que trouxe diretamente da Granja Viana os bólidos adaptados para os pilotos deficientes apenas começou a ser descarregada nesta manhã e o primeiro treino da categoria será na manhã da sexta-feira.
Decerto o tamanho da grade de programação para esta fase do “Brasileirão” é uma das preocupações, já que além das tradicionais Graduados A, Graduados B, Senior A, Senior B e Super Senior, foram “encaixadas” novas classes como a Formula 4, Super F4 e Parakart.
Novamente a Shifter Kart foi deixada para evento separado, quando poderia ser “prestigiada” na grade única e em seu lugar se criaram novas categorias, o que é uma pena, pois em se corrigindo essa estranha separação, ao menos permitiria aos responsáveis pelo Capacete de Ouro da revista Racing “perceberem” que erraram feio no ano passado ao não computarem as vitórias de Danilo Dirani no Campeonato Brasileiro de Shifter Kart tal como fizeram com os vitoriosos nas demais categorias.