A grande pergunta, que os devidamente antenados no mundo da velocidade, não param de fazer neste inicio de semana invernal é: O numero de pilotos inscritos na 52ª edição do Campeonato Brasileiro de Kart é, ou não é, o novo recorde mundial?

Segundo a ”teoria" a orgulhosa láurea pertence ao certame norte-americano SKUSA, que em 2103 contou com 558 inscrições. Esse parece ser o numero oficial, mas ao serem consultados informalmente pelo "nosso" presidente da CNK, Pedro Sereno de Mattos, os gringos falam em 598 inscrições.

Pode ser (e, pessoalmente achamos que é), uma deslavada mentira dos cartolas da terra de Tio Sam - bem no estilo Trump de se engrandecer -, mas para sermos os detentores do recorde estilo Ginness - o livro, não a cerveja - a verdade é que temos de superar essa marca.

Nosso número oficial é de 561 inscrições. Mais que os norte-americanos, porém algumas pré-inscrições não se oficializaram e esse numero não se pode contar como absoluto.

OK, podemos também mentir em nossos números e dizer que temos mais de 600. Não de Esparta, mas de Penha. Queremos é ter, de verdade, "Os 600 de Penha".  E, nessa hora, está valendo até inscrição para correr de carrinho de rolemã. Afinal, a impressão que sempre tivemos é que quem inventou a política não foram os gregos, mas sim os mineiros...

De qualquer sorte o numero de inscritos oficiais que por hora temos - e, saibam, ainda estão acontecendo inscrições de última hora - já é motivo para sermos ufanos e batermos a mão no peito.

É um numero de respeito e nem o "poderoso" WSK europeu chegou perto disso.

De qualquer sorte, tanto o SKUSA, quanto o WSK se valeram de pilotos do mundo inteiro para chegar aos seus bons números. Enchendo a estatística (e os cofres) do SKUSA, são mais de 50 brasileiros inscritos. No "nosso" campeonato nacional , o Campeonato Brasileiro de Kart, a maioria esmagadora é de "drivers" tupiniquins mesmo. Só não é 1005 porque tem aí um paraguaio, um boliviano e, parece que, um argentino.

Portanto, em se considerando a quantidade de co-nacionais inscritos no certame nacional, nossos números deixam a concorrência do mundo inteiro no xulé.

E põe xulé nisso! Lá fora os campeonatos "bacanões" tem de "importar" concorrentes para terem números avantajados. Aqui temos valores continentais em um campeonato de paiseco mixuruco de segunda categoria, como nos esnobam a "concorrência".

Well, então se o Brazuca de Kart 2017 é, ou não é o o "the big" de todos os tempos, está sendo, desde já, um evento inesquecível, não só pelos ótimos números estatísticos, mas pelo todo, pelo "conjunto da obra", que começa pela perfeita escolha da pista sede e passa, por óbvio, por uma organização escorreitíssima, desembocando no inexorável "tesão" que todos estão sentindo de disputar corridas com grids imensos, de trabalhar em um evento de tal porte, ou, até mesmo, de simplesmente estar ali assistindo e poder, um dia, dizer para uma plateia: "Eu estava ali. Assisti tudo"...