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Copa Brasil – Fim dos treinos livres, é hora de saber quem está na briga pela pole

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Nesse feriadão das “crianças pequenas e grandonas” vai ter o qualy e a primeira corrida de cada categoria

O belíssimo Circuito Paladino, da cidade de Conde, na Paraíba, é palco da 19ª edição da Copa Brasil de Kart, evento “chapa branca” da Confederação Brasileira de Automobilismo – CBA. Ontem (10/10) e hoje aconteceram os treinos livres oficiais cronometrados.  Foram cinco práticas de 20 minutos de pé embaixo a cada entrada na pista, com pilotos e suas equipes buscando os melhores ajustes e seus melhores equipamentos para o “momento da verdade” deste feriadão de quinta-feira, que será a tomada de tempos classificatória, que, para quem não está acostumado com os termos específicos do esporte, é a classificação, o treino que define a pole position de cada uma das doze categorias em disputa.

Esse “doze” é mais ou menos, já que as classes F4 e Super Senior contam com subdivisões. A Super Senior corre em grid conjunto com a Super Senior Master, categoria que reúne os experientes e velozes “old boys”, com mais de 53 primaveras neste (ainda) lindo planetinha azul. Na F4 a “fartura” é maior. Além da F4 propriamente dita, no grid único terá a F4 Senior, a F4 Super Senior e F4 (ufa!) Super Master. 

Nessas categorias “four stroke” (que os detratores chamam, invariavelmente, de moedores de cana), só falta mesmo a categorias F4 Junior Menor e a F4 Junior para se fechar o circuito completo, posto que a Mirim e a Cadete, há muito tempo, já são “garapeiras” de nascimento. Aliás, fica essa ideia como sugestão para a sempre atenta Comissão Nacional de Kart – CNK, que bem poderia, com isso, criar mais dois eventos nacionais: O Brasileiro e a Copa Brasil de Kart Quatro Tempos.

Pois bem, já que neste “Dia da Criança” – que no kart vai de 6 a 82 anos – acontecem as tomadas de tempos classificatórios e a primeira bateria classificatória de cada categoria, vamos dar um panorama do que aconteceu de significativo nos treinos livres oficiais e apontar os mais prováveis favoritos à pole position e vitória na Race 1.

Porta de entrada para o mundo da velocidade a Mirim é reservada aos kartistas nascidos em 2009 e 2010, ou seja, com 7 e 8 anos de idade. E, como sempre, a temperatura está sempre em ponto de ebulição dentro da pista. Mesmo em um dia chuvoso, como o de hoje na Paraíba. O mineiro Lucas Castro, o paraibano Chico Neto e o brasiliense Gabriel Koenigkan, passam soltando faíscas pela pista e estão “tecnicamente empatados”. Na tábua de tempos consolidados dos cinco treinos, o nome de Castro aparece no alto, já que estabeleceu a marca de 1m02s380 em sua melhor passagem, que foi no quarto treino (T4). Mas Chico cravou 1m02s385 com seu #29, também no T4.

Para quem não cotejou os tempos atentamente, a “coisa” é a seguinte: Cinco milésimos de segundo!

Nem o Super-Homem consegue identificar visualmente essa diferença. Só mesmo as geringonças da eletrônica para registrar essa “desvantagem” de Chico Neto. É empate e pronto!

Mas a situação não melhora ao se analisar o desempenho do brasiliense Gabriel Koenigkan. No volante de seu Birel #7, com patrocínio da Mercedes-Benz/ Expresso Guanabara, Gabriel teve sua melhor volta marcada em 1m02s420 (T4), com ínfimos 0s040 de diferença para Lucas Castro. 0s040? É... mais ou menos uma piscada de olhos... Triplo empate!

Uau!!!

Na Cadete, menos de três décimos de segundo separam os sete mais velozes da categoria na combinação dos tempos de volta obtidos nos cinco treinos livre cronometrados realizados no Circuito Paladino. O brasiliense Matheus Ferreira foi o mais rápido. Liderou três treinos e no T5 cravou 1m00s947. Mas o melhor tempo estabelecido até então era o da paraibana Julia Cabral, na marca de 1m01s065.Pouco mais de um décimo de segundo (0s118) separam sua marca da de Ferreira. Uma respirada um pouquinho mais profunda, talvez...

O pernambucano Fabricio Filho fez o terceiro tempo, 0s194 “pior” que Ferreira e o brasiliense Arthur Pereira foi 0s010 “pior” que Fabricio. O carioca José Augusto Siqueira fez o quinto melhor tempo (-0s212 no T5); o mineiro Henrique Magioni foi o sexto (-0s252, no T5) e Waldir Doerner Neto, de Mato Grosso, fez o sétimo melhor tempo, a 0s273 de Matheus Ferreira.

Detalhe: Cinco dos sete primeiros estão “on-board” de Kart Mini!

Para quem não sabe, corridas da Cadete são contraindicadas para cardíacos...

Ôxe, o “Maratazinho” Guilherme Figueiredo é o mais arretado da Junior Menor, afinal está com tudo acontecendo dentro do script e, sem qualquer surpresa, foi o mais veloz da categoria nos treinos livres e é o “favoritão” para a pole position. Figueiredo liderou quatro dos cinco treinos realizados e parece estar contando com sobras na pista.

Mas não terá moleza pela frente. Rafael Dias vem 0s099 atrás e também de Kart Mini. Aliás, os três primeiros estão com o mesmo chassis, já que Lucas Staico ficou com a terceira melhor marca, mas já a três décimos (-0s334) do Maratazinho.

Após cinco praticas da categoria Junior, Diego Ramos foi o dono da melhor marca da classe: 52s022, cravada justamente no treino final, deixando claro que a flying lap veio dos ajustes finos em seu Kart Mini e é um dos mais fortes “candidatos” à pole position da Junior. Mas não vai ser moleza esse feito, já que os pernambucanos Guilherme Teixeira e Kiko Porto também estão muito rápidos e, também, de Kart Mini. Teixeira fez sua melhor volta em 52s179, ou seja, ínfimos 0s157 separam seu nome do alto da tabela de tempos consolidados. É menos que o tempo dispendido para um simples piscar de olhos.

Kiko Porto é sempre favorito no Paladino. Está a apenas dois décimos de segundo do tempo de volta cravado por Ramos (0s216) e certamente amanhã vai “caprichar” na hora certa. Montados em reluzentes karts da Bravar, os paulistas Felipe Baptista e Gabriel Crepaldi fecham o top five do consolidado da Junior. Baptista, tal qual Porto, foi 0s264 “mais lento” que Diego Ramos e, reconhecidamente, é dono de um pé direito pesadíssimo. Crepaldi é outro que sempre está ali na “parada de sucessos”, mas precisa do trabalho final de seus “mecas” para tirar os três décimos que lhe faltam para largar de cara para o vento.

Ainda na Junior não se pode deixar de olhar atentamente para os “Adami Brothers”. São muito rápidos e contam com a maestria do preparador paranaense Nelson, tanto nos ajustes dos bólidos, quanto no “coaching” de quem conhece muito de kart.

Principal categoria do kartismo nacional, a Graduados tem o favoritismo “descarado” no Thunder Kart do veloz e experientíssimo piloto carioca André Nicastro. Nicastro foi o segundo mais veloz da categoria na consolidação dos tempos de volta das cinco práticas realizadas, a apenas 0s058 da volta voadora de Sergio Crispim Fº, de Kart Mini. Também de Mini o mineiro Gabriel Paturle ficou com a terceira melhor marca de volta, a 0s173 de Crispim. A pole deve ficar com um dos três.

A Senior B não tem o grid dos sonhos, mas com seus oito competidores, promete ter muita disputa na tomada e nas corridas. Roberto Vieira Fº foi o mais veloz da categoria em se considerando os tempos de volta dos cinco treinos livres oficiais. Cravou 53s766 no segundo treino da classe, com seu Kart Mini e tem vantagem de dois décimos e meio de segundo para Pedro Carvalho. Eduardo Mourão ficou com o terceiro melhor tempo, mas mais de meio segundo “mais lento” que o #92 de Vieira.

Quem gosta realmente de “apreciar” a arte de pilotar, decerto trocou, já a um bom tempo, o foco das atenções da Graduados, pela Senior A. Esses, na verdade, são só os Graduados de alguns anos atrás “melhorados” pela chegada da maturidade e maior experiência. É necessário se assistir as corridas com uma mão embaixo do queixo, para não ficar o tempo todo de boca aberta...

O “Bravateiro” carioca Ernandes Onassis colocou se Bravar #880 no alto da tabela de tempos consolidados. Cravou 53s060 no TL3 e ninguém conseguiu superar. Mas chegou perto disso. Marco Antonio Raimundo, de Goiás, marcou 53s086 no TL4 e ficou a 0s026 de Onassis.

O baiano Diego Freitas ficou com o terceiro melhor tempo consolidado, a 0s179 do ponteiro e ínfimos 0s004 “mais veloz” que Junior Pinto, o quarto mais veloz. Por seu turno, o brasiliense Rodrigo Piquet parece ter acertado o set-up do kart (grau) #33 nos treinos finais. Fechou o TL5 na ponta e garantiu a quinta melhor marca em uma pista “lavada” e sem borracha, após a manhã chuvosa de hoje. Seus motores RBC “Angra 1” e “Angra 2” costumam falar (muito) forte e deixam claro um certo favoritismo do brasiliense.

Outro piloto que não pode ser desprezado é o paulista Danillo Ramalho, com seu #2 Thunder Kart (não confundir com os Thunder Cats).

Em grid conjunto, a Super Senior e Super Senior Master. Julio Cesar Pires fez a melhor marca da Super Senior no TL4, maio décimo melhor que o “new goiano” Anderson Faita, que ficou com o segundo melhor tempo. Aliás, Pires e Faita se revezaram na ponta dos tempos na maioria dos treinos livres, pelo que são os principais favoritos à pole da SS. Carlos Soares e Valdemiro Araújo, por sua vez, também brigam pela pole na Master.

A Shifter Kart conta com seis competidores. Inteirinhos... Todos levam troféu para casa. Sergio Crispim Fº é o mais rápido, com Vinicius Kwong três décimos e meio “mais lento”. O brasiliense Felipe Guimarães é o terceiro, mas pouco mais de meio segundo pior que Crispim.

Uma boa hora para ir se tomar um lanche.

Se os karts de marcha não empolgam, a F4 é sempre motivo de fortes emoções. Aliás, “forte emoção” é o que o paulista Rodrigo Paceta não quer, principalmente após a sessão “Susto II, o Retorno” que teve no Brasileiro de Kart. Mesmo remendadinho e com manchão, Paceta é voador e ficou com a melhor marca da F4 Senior, que estabeleceu no TL2, no primeiro dia (57s553).

O paraibano – dono da casa – Gumercindo Neto foi o segundo mais veloz, mas praticamente empatado com Paceta, já que ficou a apenas 0s036 de sua marca de volta. Valdemiro Araujo foi o terceiro mais veloz, mas o primeiro da F4 Super Senior.

A F4 Super Senior Master tem seus cinco primeiros separados por menos de um décimo de segundo e dá pinta que vai ser o centro das atenções. Well, vai mesmo, porque nela está o campineiro Carlos Marcelino, osso duríssimo de roer, que ficou com a segunda melhor marca da subclasse, a apenas 0s009de Roberto Castro, que foi o mais rápido da classe, ao estabelecer  58s261 para sua melhor passagem.

Na “parada de sucessos” da Master também estão Roberto Cló, Luiz Pinheiro e Ricardo Castro.

Finalmente, a F4 Graduados tem no cearense Kinho Borges o homem a ser perseguido. Kinho, para sorrisos de Roberio Lessa, voou nos treinos com seu Thunder Kart #77 e ficou com o melhor tempo de volta, estabelecido no TL3 (56s295). O paraibano Felipe Nobrega foi o segundo melhor e mesmo sendo “dono da casa” ficou a 0s368 de Borges. Outro de reconhecido pé pesado, o brasiliense Diogo Broka, foi o terceiro (-0s498). A pole position deve ficar com um dos três.

 

 

Última atualização ( Qui, 12 de Outubro de 2017 10:25 )  

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